PREFEITURA
MUNICIPAL DE CABO FRIO
Secretaria
Municipal de Educação
Conselho Municipal de Educação
MOÇÃO DE
REPÚDIO
O Conselho
Municipal de Educação foi surpreendido, no dia 29 de março, com uma postagem em
uma das redes sociais do Sindicato dos Profissionais da Educação - Setor Lagos
(Sepe-Lagos), ocasião em que a referida entidade, por meio da postagem,
pretendia denunciar “perseguição política”, por parte do Secretário Municipal
de Educação, professor Flávio Guimarães, indicando sua autorização no que se
refere a descontos nos “pagamentos dos trabalhadores que se recusaram se expor
ao risco de morte atendendo às convocatórias para o trabalho presencial nas
escolas”. Lamentavelmente, fizeram uso, no texto, de uma expressão totalmente
preconceituosa, quando afirmaram que o Secretário Municipal de Educação age
como um "capitão do mato". Aliado ao texto, o Sepe
Lagos acrescentou uma foto do gestor municipal, associando sua imagem a uma
estampa alusiva à figura histórica de um capitão do mato, que também constava
da publicação.
É fato que
expressões racistas atravessaram séculos e resistiram de maneira naturalizada.
Todavia o uso de termos e expressões dessa natureza há tempos não é mais aceito
pelas ciências sociais, uma vez que reforçam preconceitos e fortalecem crenças
racistas, contribuem para a manutenção do racismo estrutural e o aprofundamento
das desigualdades sociais. Dessa forma, não há como se discutir sobre
antirracismo e dizer-se antirracista, sem que se molde o vocabulário, visto que
a linguagem, também amplamente utilizada nas redes sociais, é o veículo
primeiro de disseminação de todos os tipos de preconceitos e, especificamente
neste caso, do preconceito racial. Da mesma forma que as expressões “a coisa tá
preta”, “samba do crioulo doido” e “meia tigela” não devem mais ser difundidas,
sob quaisquer circunstâncias, muito menos deve ser aquela utilizada pelo Sepe-Lagos
para se referir ao professor Flávio Guimarães, Secretário Municipal de
Educação. Há que se cuidar a toda e qualquer oportunidade de evitar a
perpetuação de expressões racistas que, ao fim das análises, dizem muito mais
sobre quem as professa do que a quem se destina.
Por fim, as
formas de manifestação das ideias e as reivindicações devem ser pautadas no
respeito mútuo e na empatia, palavra atualmente tão utilizada.
Pelo exposto,
o Conselho Municipal de Educação de Cabo Frio vem a público
repudiar veementemente a postagem feita pelo Sepe-Lagos e manifestar sua
solidariedade ao Secretário Municipal de Educação, declarando sua aversão a
qualquer forma de preconceito e discriminação.
Cabo Frio, 06 de abril de 2021.
Alfredo Luís Nogueira
Gonçalves
Ângela Pereira de Souza
Andreia Martins da Silva
Assiany Rodrigues
Ribeiro Fernandes
Auxiliadora Pessoa Carmo
de Souza
Denicely Gimenes Gonçalves
Janeide Sena Gondim
Juliana Lins Machado
Coelho
Secretaria Municipal de Educação
Conselho Municipal de Educação
MOÇÃO DE
REPÚDIO
O Conselho
Municipal de Educação foi surpreendido, no dia 29 de março, com uma postagem em
uma das redes sociais do Sindicato dos Profissionais da Educação - Setor Lagos
(Sepe-Lagos), ocasião em que a referida entidade, por meio da postagem,
pretendia denunciar “perseguição política”, por parte do Secretário Municipal
de Educação, professor Flávio Guimarães, indicando sua autorização no que se
refere a descontos nos “pagamentos dos trabalhadores que se recusaram se expor
ao risco de morte atendendo às convocatórias para o trabalho presencial nas
escolas”. Lamentavelmente, fizeram uso, no texto, de uma expressão totalmente
preconceituosa, quando afirmaram que o Secretário Municipal de Educação age
como um "capitão do mato". Aliado ao texto, o Sepe
Lagos acrescentou uma foto do gestor municipal, associando sua imagem a uma
estampa alusiva à figura histórica de um capitão do mato, que também constava
da publicação.
É fato que
expressões racistas atravessaram séculos e resistiram de maneira naturalizada.
Todavia o uso de termos e expressões dessa natureza há tempos não é mais aceito
pelas ciências sociais, uma vez que reforçam preconceitos e fortalecem crenças
racistas, contribuem para a manutenção do racismo estrutural e o aprofundamento
das desigualdades sociais. Dessa forma, não há como se discutir sobre
antirracismo e dizer-se antirracista, sem que se molde o vocabulário, visto que
a linguagem, também amplamente utilizada nas redes sociais, é o veículo
primeiro de disseminação de todos os tipos de preconceitos e, especificamente
neste caso, do preconceito racial. Da mesma forma que as expressões “a coisa tá
preta”, “samba do crioulo doido” e “meia tigela” não devem mais ser difundidas,
sob quaisquer circunstâncias, muito menos deve ser aquela utilizada pelo Sepe-Lagos
para se referir ao professor Flávio Guimarães, Secretário Municipal de
Educação. Há que se cuidar a toda e qualquer oportunidade de evitar a
perpetuação de expressões racistas que, ao fim das análises, dizem muito mais
sobre quem as professa do que a quem se destina.
Por fim, as
formas de manifestação das ideias e as reivindicações devem ser pautadas no
respeito mútuo e na empatia, palavra atualmente tão utilizada.
Pelo exposto,
o Conselho Municipal de Educação de Cabo Frio vem a público
repudiar veementemente a postagem feita pelo Sepe-Lagos e manifestar sua
solidariedade ao Secretário Municipal de Educação, declarando sua aversão a
qualquer forma de preconceito e discriminação.
Cabo Frio, 06 de abril de 2021.
Alfredo Luís Nogueira
Gonçalves
Ângela Pereira de Souza
Andreia Martins da Silva
Assiany Rodrigues
Ribeiro Fernandes
Auxiliadora Pessoa Carmo
de Souza
Denicely Gimenes Gonçalves
Janeide Sena Gondim
Juliana Lins Machado
Coelho
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